sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Presidente da Fiep diz que vai se afastar da entidade na segunda-feira


Por G1 PB
 

Buega Gadelha, presidente da Fiep — Foto: Kleide Teixeira/Jornal da ParaíbaBuega Gadelha, presidente da Fiep — Foto: Kleide Teixeira/Jornal da Paraíba
Buega Gadelha, presidente da Fiep — Foto: Kleide Teixeira/Jornal da Paraíba
Investigado na Operação Fantoche, que apura um esquema de corrupção, Buega Gadelha declarou que o afastamento dele da presidência Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep), que deve ser oficializado na segunda-feira (25), foi uma decisão espontânea. A afirmação foi feita durante uma entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (21), em João Pessoa.
Segundo Buega Gadelha, o afastamento das funções exercidas no Sistema S por pelo menos 90 dias, determinado pela Justiça Federal, é referente ao cargo de conselheiro do Serviço Social da Indústria (Sesi), também ocupado por ele.
O presidente pontuou que não sabe porquê está envolvido na operação. “Nós, Sesi da Paraíba, não temos nenhuma ligação com o Ministério da Cultura. Nunca recebemos um real do Ministério do Turismo, nem do Ministério da Cultura. Então é por essa razão que eu não sei porquê eu estou envolvido nisso”, disse.
A coletiva foi a primeira vez que Buega Gadelha se posicionou diretamente para a imprensa, depois de ter sido preso e liberado durante a Operação Fantoche. Na ocasião, ele também explicou que, com o afastamento espontâneo da presidência, o atual primeiro vice-presidente da Fiep, Magno Rossi, deve assumir a função.
Apesar disso, ressaltou que detalhes como o período de duração e as consequências judiciais do afastamento ainda não foram definidos.
Sede da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão da Operação Fantoche, da Polícia Federal — Foto: Artur Lira/G1Sede da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão da Operação Fantoche, da Polícia Federal — Foto: Artur Lira/G1
Sede da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão da Operação Fantoche, da Polícia Federal — Foto: Artur Lira/G1

Entenda o caso

Buega Gadelha se entregou à Polícia Federal após ter sido expedido um mandado de prisão contra ele dentro da Operação Fantoche, que investiga um esquema de corrupção envolvendo um grupo de empresas sob o controle de uma mesma família que vem executando contratos por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S, do qual a Fiep faz parte. Ele foi solto na noite de terça-feira (19), por uma decisão da justiça.
Gadelha é apontado nas investigações como um dos gestores de departamentos do Sesi (Serviço Social da Indústria) alegadamente envolvidos nos desvios em apuração, seja o nacional, sejam alguns regionais de Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Mato Grosso do Sul.
Além de expedir o mandado de prisão contra ele, a Justiça também deferiu o pedido de quebra do sigilo bancário de todos os bens, direitos e valores mantidos em instituições financeiras, no período de 1º de fevereiro de 2012 até 23 de janeiro de 2019.
Na operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão na Paraíba. A PF, por meio da Operação Fantoche, estima que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões.
Foram expedidos, ao todo, 10 mandados de prisão e outros 40 de busca e apreensão, além da Paraíba, no Distrito Federal, Pernambuco, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Alagoas. Segundo a PF, são investigadas a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.
O sistema S inclui entidades como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Social do Comércio (Sesc), o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac).
 
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