Angola corta produção em 29 mil barris por dia

Cristóvão Neto
Angola reduz a produção em 29 mil barris de crude por dia (bpd) depois do corte adoptado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) na reunião de ministros realizada quinta e sexta-feira em Viena, Áustria, soube ontem o Jornal de Angola.
Nova quota baseada em corte sobre a produção de Outubro 
Fotografia: Edições Novembro
Uma fonte do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos lembrou que a  redução preconizada para Angola e seus parceiros na OPEP é baseada num corte de 2,00 por cento sobre a produção de Outubro.
Naquele mês, declarou a fonte, a extracção nas concessões angolanas redundou nuns 1,475 milhões de bpd, o que resulta na cifra de 29.500 bpd.
O Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos vai acatar o corte, de acordo com declarações do titular do pelouro, Diamantino Azevedo, proferidas antes e depois da reunião de Viena, na qual participou.
Ao partir para Viena, na última quarta-feira, o ministro declarou que tinha a esperança  de que fossem encontradas soluções para as expectativas  dos membros da OPEP e aliados, para que fosse definido um preço justo para os produtores, mas que também satisfaça os consumidores.
Ao acatar a decisão - que entra em vigor a partir de Janeiro -, a indústria terá de ver resolvida a questão das quotas de produção dos operadores do sector petrolífero angolano, num exercício para determinar “quem corta quanto”, disse a fonte
Este ano, de acordo com dados oficiais, a quota da Sonangol no mercado da produção petrolífera aumentou  2,04 pontos percentuais, passando de 13,84 por cento, de 2017, para 15,88 nos primeiros nove meses de 2018.
Nesse período, a produção da petrolífera aumentou 11 mil barris, passando de 226 mil bpd, em Dezembro de 2017, para 237 mil bpd.